terça-feira, 10 de agosto de 2010


Cirurgia Plástica da Obesidade


Técnicas para solucionar os problemas dos pacientes que perderam muito peso!


A cirurgia plástica da obesidade é importante para os obesos grau 3, anteriormente chamados de obesos mórbidos. Estes pacientes perderam muito peso depois que se submeteram à cirurgia bariátrica de redução do estômago. São pessoas que perderam a elasticidade da pele, fato que prejudica não apenas o aspecto estético, mas algumas funções básicas da vida.

Tudo começa com o problema postural e de equilíbrio que o excesso de pele traz. Depois, podemos citar os problemas de integração social e de relacionamento sexual. Acentua-se o incômodo causado pelas dermatites localizadas nas dobras de pele. Nesse contexto, conjugado com o trabalho de outros profissionais, como psicólogos e endocrinologistas, a cirurgia plástica auxilia este paciente a desenvolver um contorno corporal adequado à sua nova constituição física.

O melhor momento para se submeter a este tipo de cirurgia plástica é quando o paciente estabiliza seu peso, com a alimentação considerada normal para ele depois da cirurgia bariátrica. Ou seja, quando o paciente pára de emagrecer é o momento certo para fazer a cirurgia plástica da obesidade. O Índice de Massa Corpórea (IMC), dentre outros indicadores, ajuda a determinar o peso ideal não só para realizar a cirurgia plástica com sucesso, mas também para proporcionar qualidade de vida a este paciente. Entretanto, em alguns casos, correções são necessárias na fase intermediária de emagrecimento para auxiliar o paciente.

Nos últimos anos, a cirurgia plástica da obesidade foi um dos campos da medicina que se desenvolveu muito. Foram criadas técnicas novas capazes de solucionar os problemas dos pacientes que tiveram uma perda significativa de peso.

Em média, após a bariátrica, estes pacientes passam por 4 ou 5 cirurgias plásticas. Casos mais extremos exigem 7 ou 8 intervenções e os mais simples podem ser resolvidos apenas com 2. Os cirurgiões procuram dividir esta cirurgia em etapas para não colocar o paciente em risco.

A primeira e mais recorrente queixa dos pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica é a da formação de um avental de pele sobre o abdômen, provocado pela flacidez que tomou conta do tecido cutâneo. Depois, aparecem outras necessidades, como cirurgias plásticas de mama, coxa, braço e tórax que, de certa forma, complementam a cirurgia de abdômen.

Geralmente, o avental vai até a região pubiana e em casos mais acentuados poderá chegar até meio da coxa . Este excesso de pele provoca um desequilíbrio no corpo, que é compensado pelo desenvolvimento da musculatura e pelo reposicionamento da coluna. Quando se retira esse excesso de pele que está abaixo da linha da cintura, o paciente perde a noção de equilíbrio, porque muda o seu centro de gravidade e ele leva alguns dias para adaptar-se à nova posição.

Na cirurgia para a retirada do avental, a técnica em âncora é a mais empregada. Como essa região pode cair totalmente, é preciso suspendê-la e estabilizar a linha inferior para depois retirar a pele excedente no sentido longitudinal. Na verdade, essa é a única técnica que possibilita fazer a linha de cintura novamente.

Importância do pós-operatório

Em média, uma cirurgia plástica para a retirada do avental do abdômen dura em torno de três ou quatro horas. O paciente fica hospitalizado por um ou dois dias e é fundamental fazer repouso pelo menos nos primeiros trinta dias depois da cirurgia. Sempre recomendo que o paciente não faça esforço algum na primeira semana após a operação, nem pratique esporte no primeiro mês. Nesse período, a movimentação excessiva pode provocar a formação de seroma, líquido não hemorrágico que pode ser drenado ambulatorialmente.

Após um mês, o paciente já poderá fazer caminhadas, dirigir e levar uma vida quase normal. A preocupação maior é impedir que as cicatrizes alarguem, o que demanda orientação do cirurgião e cuidados do paciente. O primeiro de todos é o repouso. Depois, são importantes os curativos feitos com micropore, um esparadrapo especial trançado de modo a anular a força de tensão exercida sobre a área operada, precaução que poderá levar a uma cicatrização mais estética.

Em relação à exposição solar, a orientação é que o paciente só tome sol depois que a cicatriz clarear. Isso coincide com o terceiro ou quarto mês depois da cirurgia.

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