quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Próteses da Perna:


As próteses para pernas eram feitas de enxerto de gordura e tinham como principal objetivo a reconstituição de membros danificados por acidentes. As próteses, já feitas de silicone, para fins estéticos, começaram a ser utilizadas na década de 80. As primeiras cirurgias, no Brasil, tiveram como objetivo melhorar o aspecto das seqüelas de poliomielite (doença já erradicada no país, causada por um vírus que penetra no corpo do homem através da garganta ou intestino, fruto, na maioria das vezes, de condições inadequadas de higiene). Atualmente, a prótese de silicone é indicada para quem ter pernas finas ou tortuosas, que podem ou não formar um vão entre elas. Para a correção desses casos, o silicone é colocado na parte interna das coxas, panturrilha e tornozelo. O cirurgião plástico, Nicola Menichelli Netto, especialista neste tipo de cirurgia há mais de 25 anos, afirma que o silicone não é necessariamente colocado só numa dessas partes, mas na perna como um todo, para corrigir as imperfeições. Segundo ele, a cirurgia dos membros inferiores é dividida em glúteo, perna (abaixo do joelho) e coxa. A separação tornozelo, panturrilha e coxa é mais comum nos Estados Unidos, onde as próteses são mais usadas para fazer Body Building (reconstrução do corpo), cujo principal objetivo é ter o corpo musculoso e não apenas bem torneado. Os "falsos músculos" são alcançados com a prótese. No Brasil, a finalidade dos pacientes não é ficar com a perna musculosa, mas sim corrigir imperfeições e deixar a perna torneada.
Quais são os tipos de próteses de silicone: A prótese de silicone nas pernas é uma das cirurgias mais procuradas, perde apenas para as da mama, ficando, inclusive, à frente da de glúteo, criada anteriormente. A cirurgia de coxa, a mais recente de todas, é a menos solicitada e indicada quando se usa o silicone. A grande procura faz com que os especialistas aperfeiçoem cada vez mais suas técnicas e os resultados alcançados sejam cada vez melhores. Isso é feito através do surgimento de próteses menores, mais resistentes e que apresentam, menos riscos para a paciente.


O silicone usado é o texturizado ou o de poliuretano na parte externa e gel na parte interna, desenvolvido para suportar uma pressão de até 500 quilos. São tão resistentes, que o Dr. Nicola, recomenda que novos exames, como ressonância ou tomografia computadorizada, por exemplo, sejam feitos após dez anos. Ele afirma que a troca só é feita se a prótese apresentar problemas como desgaste ou encapsulamento, senão, dura a vida toda, já que o risco de rejeição é praticamente nulo.
A cirurgia é considerada simples, no mesmo dia a paciente recebe alta. Para colocação de prótese nas pernas, a incisão é feita na parte superior do joelho e nas coxas na região próxima à virilha, com anestesia geral, peridural ou local, dependendo do caso . Para correção de pernas finas e arqueadas, o silicone é colocado sempre na parte interna do membro. A recuperação também é rápida. O repouso total é recomendado por três dias. Uma semana depois, a paciente volta ao especialista para uma nova consulta, na qual é feita a retirada dos pontos. Recomenda-se o uso de meia calça elástica por dois meses e uso de salto médio para não forçar a panturrilha. Um mês depois, você já realiza suas atividades normais, podendo, inclusive, praticar atividade física. O resultado é bastante natural e a cicatriz fica praticamente imperceptível. Pode tomar sol, mas a exposição da cicatriz aos raios solares deve ser evitada. Se a paciente quiser aproveitar e colocar prótese no glúteo, também pode, o que, segundo o Dr. Nicola, é o mais comum no Brasil. O tempo de recuperação é o mesmo.
Quem pode fazer colocação das próteses: Questionado sobre o perfil dos pacientes, o cirurgião afirma que as idades são as mais variadas, são mulheres dos 18 aos 70 anos, com as mais diferentes expectativas e objetivos. Homens, em menor proporção, também se interessam pela cirurgia, principalmente os adeptos da musculação que desenvolvem os membros os superiores bem mais rápido que os inferiores. Não há nenhuma relação entre a cirurgia nas pernas e o surgimento de varizes ou outro problema circulatório, também não aumenta nem diminui a flacidez.
Decidida a fazer a mudança? O primeiro passo é procurar um especialista, este vai examiná-la e checar quais são as principais necessidades. A prótese escolhida depende da correção a ser feita. Todas têm a mesmas características, são transparentes e feitas de um gel bem coeso, mas os tamanhos são diferentes. As maiores (menos usadas) acentuam mais as formas, as menores corrigem pernas tortas e arqueadas. Todas são colocadas entre os músculos das pernas, numa camada imperceptível ao toque.
O importante é não ter dúvidas sobre a escolha e a mudança que o corpo irá sofrer. Esclareça com seu médico o resultado que você pode esperar. Não adianta querer ter as pernas de uma atriz ou modelo famosa, quando existe a limitação genética para isso. Seja realista, mas saiba que as modernas técnicas de colocação de prótese tem tudo para deixar você ainda mais bonita. O que vale é melhorar a auto-estima, o bem estar e sentir-se linda e bela com seu corpo. Para isso, crie coragem para encarar o bisturi, diga adeus à calça comprida e aproveite não só este verão como os próximos

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